quarta-feira, 13 de agosto de 2014

7 coisas que eu aprendi com "O Pequeno Príncipe"

Foto: Letícia Sally



"O Pequeno Príncipe" é o meu livro favorito.
Provavelmente sou apenas mais uma dentre milhões e milhões de pessoas que fazem dessa história sua filosofia de vida. E não é pra menos. Um livro tão curtinho, com aquarelas tão simples, mas com diálogos tão singelos vem conquistando admiradores desde a década de 1940.

O livro, escrito por Antoine de Saint-Exupéry, conta basicamente a história de um aviador que, ao sofrer um acidente no ar e cair no deserto, depara-se com uma figura peculiar: um principezinho habitante de outro planeta, que viajou por muitos lugares até chegar à Terra. Esse principezinho o faz lembrar de sua infância e perceber quais são as coisas que realmente importam na vida. Algumas dessas coisas eu resolvi listar, citando alguns pedacinhos do livro que sempre me fazem suspirar, sorrir, refletir, enfim. Ficar mais leve.


1. Imaginar
"Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações."
A gente tem mania de ver as coisas apenas superficialmente. Tem preguiça de imaginar. Tem medo.
Eu aprendi com o Principezinho que, quando eu vejo um elefante sendo devorado por uma jiboia, estou sendo corajosa, deixando um pouco essa coisa chata de ser adulto, que é ver tudo com uma perspectiva séria, exata, definida. Jiboias podem ser mais criativas que chapéus... E mais bonitas.

2. Valorizar
"- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo."
Ninguém tem o que eu tenho, ninguém sente o que eu sinto e nada é tão incrível quanto as coisas e pessoas excepcionais do meu universo particular. O negócio é compreender bem isso, e valorizar o que se tem e ama.

3. Cuidar
"- Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim...
E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor."
Se a gente reconhece o que tem, a gente valoriza. Se valoriza, cuida; aquele cuidado no pensamento, aquele cuidado de se preocupar com o que é primário, mas também com as coisinhas simples e bobas. E se a gente cuida...


4. Amar
"- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Procura ser feliz..." 
"- Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: 'Minha flor está lá, nalgum lugar'..."
Se a gente cuida, é porque a gente ama. Mas não é sempre que a gente sabe amar, é um aprendizado longo, cheio de decisões, de desapego do orgulho, de uma pureza real e uma vontade grande de querer, primeiramente, fazer alguém feliz, vê-la bem e saber que isso sim é o que vai te fazer feliz.

5. Viajar
"Ele se achava na região dos asteróides 325, 326, 327, 328, 329, 330. Começou, pois, a visitá-los, para procurar uma ocupação e se instruir."
Diria Mario Quintana, "viajar é mudar a roupa da alma". E quem é que gosta de usar sempre a mesma roupa, não é?! É preciso trocá-la, lavá-la, e aí sim vesti-la. Sentir-se limpo, renovado e distrair-se um pouco daquilo que é costumeiro faz bem, e um tantão.

6. Cativar
"
- Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."
Eu lembro de ter ouvido essa palavra pela primeira vez aos 6 anos, mais ou menos. Minha mãe me explicou o que era, e eu lembro de ter achado bonito. E é mesmo. Porque as coisas que a gente compra não são eternas, nem as coisas que dizemos, nem mesmo o nosso corpo é. Mas o que fica é o que a gente cativou, e o que a gente leva é o que cativou o nosso coração. Pode até ser bem clichê, mas é uma das verdades mais bonitas do mundo, saber que você tem a capacidade de tocar o mundo e ser tocado por ele.

7. Chorar
"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar..."
Chorar faz parte.
Afinal, como é que o nosso riso poderia ser valorizado, se não conhecêssemos o choro?!
É parte de uma etapa, e é o que nos faz lembrar que somos humanos, que sofremos, que sentimos e não tem nada demais nisso.


Eu ainda poderia falar muito mais coisas sobre o que eu aprendo com o Principezinho.

Mas eu sugiro a leitura, ou uma re-leitura. Porque toda vez você vai poder aprender algo novo, e eu provavelmente não tenha feito jus a tudo o que o livro é. Mas sabe aquela coisa que você gosta tanto, que você acha que o mundo inteiro deveria conhecer? Bom. Eis a minha coisa. :)

Um comentário:

  1. Oi, Paula! Fiquei feliz ao saber da Marília que ela havia te conhecido pessoalmente, comentado sobre mim e você ter lembrado de mim como uma de suas leitoras! <3 Beijão

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Hey! :)
Obrigada por ler e comentar no meu blog. Beijinho!